Mormo
O agente
etiológico é A Burkholderia mallei um
bastonete Gram negativo, sem capsula, imóvel e com 0,5mm de espessura. A B.
mallei é um parasita obrigatório, bem adaptado ao seu hospedeiro, mas não
persiste no ambiente. São sensíveis à ação da luz solar, calor e desinfetantes
comuns e dificilmente sobrevive em ambientes contaminados por mais de seis
semanas.
Os equinos,
muares e asininos são as espécies normalmente afetadas. Os carnívoros também
podem se infectar ao ingerir carne contaminada. No homem a doença é fatal.
É uma doença
de notificação imediata, incurável, letal, de potencial zoonótico e constante
da lista da Organização Mundial de Saúde Anima (OIE)
A principal
via de infecção é a digestiva, podendo ocorrer também pelas vias respiratórias,
genital e cutânea e a disseminação do agente no ambiente ocorre pelos
alimentos, água e fômites principalmente cochos e bebedouros.
Na patogenia
o agente penetra a mucosa intestinal e em seguida, atinge a corrente sanguínea,
levando o animal a uma septicemia(forma aguda) e posteriormente
bacteremia(forma crônica). Nos animais infectados formam-se lesões primarias no
ponto de entrada(faringe), expandindo-se para o sistema linfático onde produzem
lesões nodulares
Os sinais
clínicos mais frequentes são: febre, tosse e corrimento nasal.
Forma nasal:
•
clinicamente começa com uma febre alta, perda de apetite e dificuldade
respiratória com tosse;
• presença
de descarga muco purulenta, amarela esverdeada, viscosa e altamente infecciosa,
que causa crostas ao redor das narinas;
• descarga
ocular purulenta;
• nódulos na
mucosa nasal, podendo evoluir para úlceras.
Forma pulmonar:
• normalmente requer vários meses para
desenvolver; primeiro se manifesta através de febre, dispnéia, tosse
paroxística ou uma tosse seca persistente acompanhada de dificuldade
respiratória;
• diarréia e
poliúria também podem ocorrer; todos levando a uma perda progressiva da
condição.
Forma cutânea:
• desenvolve insidiosamente durante um período
prolongado; começa com tosse e dispnéia geralmente associada com períodos de
exacerbação levando a debilitação progressiva;
• os sinais iniciais podem incluir febre, dispnéia,
tosse e aumento dos gânglios linfáticos
O diagnostico
consiste na associação dos aspectos clínicos epidemiológicos, anatomo
histopatológicos, teste sorológicos como a fixação do complemento e reação
imunoalergica ( maleinização)
Testes
Sorológicos e de Maleína:
• Teste de Maleína (um teste prescrito para o
comércio internacional) – derivado protéico purificado de maleína (PPD)
disponível comercialmente:
- ensaio
intradermo-palpebral: mais sensível, confiável e específico
- teste
oftálmico: menos confiável do que o teste intradermo-palpebral
- teste
subcutâneo: interfere com o diagnóstico sorológico subseqüente de forma que os
outros dois ensaios de maleína são preferenciais.
• Teste de Fixação de Complemento (um teste prescrito
para o comércio internacional):
- não tão sensível como o Teste de Maleína
- apresenta
90 -95% de acurácia; soro positivo dentro de 1 semana de infecção e mantendo-se
positivo em caso exacerbação do processo crônico
Diagnostico
diferencial:
• Garrotilho
(Streptococcus equi)
• Linfangite
Ulcerativa (Corynebacterium pseudotuberculosis)
•
Botriomicose
•
Esporotricose (Sprortrix schenkii)
•Pseudotuberculose
(pseudotuberculosis Yersinia)
• Linfangite
Epizoótica (Histoplasma farciminosum)
• Varíola
Equina
•
Tuberculose (Mycobacterium tuberculosis)
• Trauma e
Alergia
Prevenção e
Controle
Profilaxia
Sanitária
• a
prevenção e o controle das epizootias de mormo depende de um programa de
detecção precoce e a eliminação dos animais positivos em conjunto com estrito
controle de movimento animal, quarentenas eficazes e completa limpeza e
desinfecção das áreas onde ocorreram os surtos
• carcaças
de animais infectados devem ser queimadas e enterradas
• todos os
materiais descartáveis das instalações positivas (alimentação e cama de baia)
devem ser queimados ou enterrados e os veículos e equipamentos devem ser
cuidadosamente desinfetados
Profilaxia
Médica
• tratamento
com antibióticos têm sido utilizados nas zonas endêmicas:
- isso pode
levar animais ao estado de portador inaparente que poderá infectar humanos e
outros animais
•
Tratamentos experimentais eficazes incluem: doxiciclina, ceftrazidime,
gentamicina, estreptomicina e combinações de sulfazine ou sulfamonomethoxine
com trimetoprim
• a taxa de
mortalidade pode chegar a 95% se nenhum tratamento for administrado.
Noticias
sobre o Mormo no Brasil
CFMV envia
ao MAPA sugestões para consulta publica sobre as normas para a vigilância do
mormo no pais:
MAPA abre
consulta publica para normas e regras da vigilância do mormo no Brasil:
Bibliografia:
Postagem grupo 1: Carla, Gilvana, Juliana Cabral, Natália
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